sábado, 6 de março de 2021

 Mais um Graffiti histórico !

https://www.publico.pt/2012/02/06/jornal/escreveu-construamme-porra-e-chegou-a-presidente-de-camara-23930189





JOVENS SOCIALISTAS AUTORES DA PICHAGEM NÃO ESPERAVAM TANTO IMPACTO LUÍS RAMOS/ARQUIVO



"



Escreveu "Construam-me, porra!!!" e chegou a presidente de câmara

"

Em Maio de 1994 um pequeno grupo de militantes da Juventude Socialista de Beja ousou provocar as consciências grafitando numa parede do pontão construído em 1977, para dar apoio às obras de Alqueva, uma expressão tipicamente alentejana: "Construam-me, porra!!!"

Um dos jovens que a pintou, Aníbal Costa, é hoje presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, o concelho que mais tem beneficiado do regadio de Alqueva. Nas declarações que prestou ao PÚBLICO, disse ter sido "muito gratificante pertencer ao grupo" que gravou a frase no local onde, no ano seguinte, arrancariam as obras de construção da barragem de Alqueva. "Decidimos colocar algo no muro que demonstrasse como os alentejanos estavam cansados de esperar e de exigir a construção da barragem", recorda o autarca, que na altura era presidente da Federação do Baixo Alentejo da Juventude Socialista.


terça-feira, 24 de novembro de 2020

MURO 4

 https://visao.sapo.pt/atualidade/cultura/2020-11-25-lisboa-ganha-mural-do-britanico-dface-que-e-aperitivo-para-festival-muro/

Claro que tudo isto, “vai ter que ser revisto face ao momento pandémico, se há maior ou menos confinamento, ainda vai ser tudo alinhavado, entre a GAU, a CML e a Junta de Freguesia do Parque das Nações”. “Vamos programar isto com toda a segurança para maio”, disse Hugo Cardoso.

Para a Junta de Freguesia do Parque das Nações, receber o Muro em 2021 significa, entre outros, aumentar “o espólio de 56 peças de arte pública já catalogadas, entre azulejaria, pintura, escultura e calçada”.

“Já tinha acompanhado as outras 3 três edições [do Muro] e percebemos que o envolvimento da autarquia local permite escalar para termos mais património futuro. Gostávamos de ampliar esta capacidade de promover a freguesia pela componente cultural”, afirmou o presidente da autarquia, Mário Patrício, em declarações à Lusa.

Além disso, o Muro “vai complementar e ligar” o que tem sido feito recentemente naquele território: “dotar a freguesia da capacidade de oferta dos equipamentos desportivos nomeadamente nas modalidades urbanas”. 

Ao lado do ‘skate park’, situado no Parque Tejo, há uma ‘pump track’, “com capacidade para receber provas de classificação para o campeonato do mundo”. E, no futuro, surgirão na freguesia “campos de ‘street basket'”.

Além disso, a junta de freguesia está “a trabalhar com a CML para legalizar paredes para pintura livre”.

Depois de edições no Bairro Padre Cruz, em 2016, em Marvila, em 2017, e no Lumiar (na zona envolvente do bairro da Cruz Vermelha e da Alta de Lisboa), em 2018, o Muro chega em 2021 ao território do Parque das Nações, onde haverá “quatro núcleos de intervenção fortes: Gare do Oriente, bairro do Casal dos Machados, Avenida de Pádua e o Parque Tejo, na zona ao lado do skate parque, por baixo do tabuleiro da ponte Vasco da Gama”.

“Vamos ter um conjunto de obras a desenvolver entre hoje e maio, mês em que vamos concentrar a maior parte das intervenções”, contou Hugo Cardoso, adiantando que a próxima intervenção, que será no bairro do Casal dos Machados, estará a cargo do Coletivo RUA.

Além das pinturas murais, o Muro terá em 2021, à semelhança das edições anteriores, uma programação paralela, que deverá incluir também atividades desportivas, já que para o ano Lisboa será Capital Europeia do Desporto.


“Sou muito apaixonado por isso, pintar no espaço público para as pessoas, porque tens a possibilidade de interagir com todo o tipo de pessoas doidas, de pessoas ‘cool’, não há género, idade, raça, e isso para mim é o mais entusiasmante e interessante”, partilhou.

A primeira pintura que criou no espaço público em Lisboa “marca a abertura, a primeira pedra, o lançamento” da 4.ª edição do Muro – Festival de Arte Urbana de Lisboa.

“É um aperitivo e algo que vamos continuar a fazer ao longo do ano até ao festival, que decorre no mês de maio, entre 22 e 31, no Parque das Nações”, referiu Hugo Cardoso, da Galeria de Arte Urbana (GAU), da Câmara Municipal de Lisboa (CML), que organiza o Muro.

Assumidamente influenciado pela Arte Pop, D*Face trabalhou como designer gráfico e ilustrador numa agência de publicidade, até decidir dar o salto e viver exclusivamente da Arte.

“Não era minha intenção ser artista, usava as ruas apenas como a minha tela criativa, o meu trampolim. Era um alívio partilhar trabalhos na rua e não ter ninguém a dizer que podia ou não fazê-lo ou o que podia ou não ser. Mas sempre quis expandir isso, crescer, e com isso quis pintar telas, fazer esculturas, queria experimentar criativamente. Não tinha bem a certeza do que queria fazer ou como iria ficar, só queria continuar a puxar por mim”, recordou.

Hoje, aos 42 anos, “é a mesma coisa”: faz t-shirts, pinta telas, faz esculturas e pinta murais, que é o que gosta mais.


No primeiro mural que pinta em Portugal, D*Face optou por retratar os olhares de seis figuras humanas, decisão na qual tiveram peso vários fatores.

Sempre que cria um mural, o artista britânico tenta torná-lo “relevante no local onde está inserido, ou, pelo menos, na cidade”. E o mural que está a pintar na Avenida Aquilino Ribeiro Machado, ao lado da Estação do Oriente, não é exceção.




“Quando olhei para a localização, ao lado deste importante terminal de camionetas e da estação de comboios, percebi que é uma área de congregação ou um sítio de partida ou chegada, e senti que a parede poderia transmitir isso, o encontro de várias pessoas, com vidas diferentes umas das outras”, contou à Lusa, na terça-feira à tarde.




Além disso, este mural é pintado numa altura “em que se lida com a cobertura da boca”, devido ao uso de máscaras.

“A maneira de saberes como uma pessoa está ou o que está a sentir, em grande parte, é através do olhar. Nesta altura fez sentido retratar apenas os olhos, em plano fechado”, disse D*Face, salientando que 2020 é “um ano histórico, por razões negativas e tristes, mas também é um tempo de reflexão para todos”.

E, por isso, parte do mural é também “uma retrospetiva” do trabalho que tem criado em paredes um pouco por todo o mundo.





sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Fim do CRONO

 http://cidadanialx.blogspot.com/2020/10/obras-de-demolicao-iminentes-nos-3.html?m=1

https://www.google.pt/amp/s/www.publico.pt/2020/10/19/local/opiniao/demolicao-fontes-pereira-melo-pergunta-directa-ricardo-veludo-1935880/amp


Marketing







Serve esta capa para ilustrar o caminho (de estranha digestão) da relação do graffiti com o marketing em Portugal. Se no passado capas firam feitas com o destaque aos autores e obras (marketeer Ram), hoje o nível da parada subiu e muito. Gerindo orçamentos como as grandes agências. 

Solid Fogma, joint venture entre Vhils e Pedro Pires, ex delfim da Ivity, ex presidente e forte dinamizador do Clube Criativos, com uma média de 50 projetos por ano (durante os primeiros 5 anos de vida) tem hoje uma equipa de 14/16 pessoas.

https://www.briefing.pt/images/Briefing134.pdf



terça-feira, 19 de junho de 2018

As cambalhotas do graffiti e da street art...


Polícia com carros ‘grafitados’ para combater o crime

Fabian Kirchbauer Photography


https://www.motor24.pt/motores/policia-carros-grafitados-combater-crime/?utm_source=dinheirovivo.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle

https://www.facebook.com/hashtag/alsersterzurstelle?source=feed_text


---

Cidra Rapoza, espalha stencil's ilegalmente como parte de campanha de âmbito nacional 

http://www.meiosepublicidade.pt/2017/01/bandida-do-pomar-a-nova-marca-de-sidra-da-central-de-cervejas/







---


Campanha Cerveja Coruja (https://www.facebook.com/corujasuperbock/), mais convencional, mas com um pé fora da linha,


Coruja VS Coruja. A arte urbana a enfrentar a publicidade, ou o marketing a reinventar-se?


https://www.vice.com/pt/article/437kdj/coruja-vs-coruja-a-arte-urbana-a-enfrentar-a-publicidade-ou-o-marketing-a-reinventar-se?utm_source=vicefbptads




quarta-feira, 27 de julho de 2016

fiscalização da limpeza de graffiti


Autarcas criticam entrega da fiscalização da limpeza de graffiti a um privado

https://www.publico.pt/local/noticia/autarcas-criticam-entrega-a-um-privado-da-fiscalizacao-da-limpeza-de-graffiti-1730907?page=-1



A decisão da Câmara de Lisboa gerou criticas na Assembleia Municipal. Está em causa um valor de 719 mil euros, a somar aos 4,2 milhões de euros que deverão ser pagos pela remoção dos graffiti.

A Câmara de Lisboa prevê gastar 4,2 milhões de euros na contratação de “serviços de remoção de graffiti e cartazes”, por um período de três anos, e outros 719 mil euros na aquisição de “serviços de fiscalização aos serviços prestados pelas empresas contratadas para a remoção”. Na Assembleia Municipal de Lisboa foram várias as vozes contra estas contratações. 
“Quer-nos parecer que a câmara se terá esquecido de preparar uma outra proposta para contratar uma terceira empresa que fiscalize a inspecção da segunda empresa sobre a primeira empresa”, afirmou, com humor, o deputado Sobreda Antunes. “Ou talvez tal não venha a ser necessário caso a segunda empresa seja uma subsidiária da primeira, assobie para o lado e em vez de fiscalizar se limite a fazer figura de corpo presente”, acrescentou o eleito d’ Os Verdes, na reunião da assembleia municipal desta terça-feira.
Sobreda Antunes manifestou ainda a sua preocupação com o facto de as propostas não incluirem “exemplos fotográficos” ou “definições” dos “graffiti e cartazes” que a autarquia pretende que sejam removidos, não havendo uma explicitação do “que pode” e do que “não deve” sê-lo.
“Quem nos garante que um trabalho de Vhils ou de Bordalo II não será, até por engano, apagado da história dos murais da capital?”, perguntou, questionando se o objectivo do município não seria “a pura e simples remoção de cartazes políticos”. O deputado do PEV considerou ainda “exorbitante” o valor de 4,2 milhões de euros, defendendo que há na cidade “outras obras mais urgentes e inadiáveis” por fazer.
Já Cristina Andrade, do Bloco de Esquerda, considerou “perigoso” entregar-se estas actividades a terceiros, manifestando o receio de que quem vier a ser contratado não saiba distinguir “intervenção política” de “lixo que deve ser apagado”.
Pelo PSD, Luís Newton mostrou-se também contra as propostas camarárias mas por razões distintas: o autarca, que é presidente da Junta de Freguesia da Estrela, entende que “haveria ganhos inequívocos”, “do ponto de vista financeiro e operacional”, se a competência de remoção de graffiti na cidade fosse confiada às juntas de freguesia. 
A defesa da posição da câmara coube ao vereador Duarte Cordeiro, que acusou a oposição de “demagogia”. “Somos uma cidade amiga da arte urbana”, frisou o autarca com os pelouros das Estruturas de Proximidade e da Higiene Urbana, acrescentando que “não há ano em que se aumente o número de espaços para a exposição de arte urbana na cidade”.
Quanto aos 4,2 milhões de euros, Duarte Cordeiro notou que está em causa um período de três anos, o que em seu entender permitirá “dar estabilidade ao trabalho” de remoção de graffiti. Hoje em dia, já existem contratos com terceiros para esse efeito mas são anuais. O autarca disse ainda que “há espaço para a complementaridade”, que é como quem diz para a actuação em paralelo das juntas de freguesia nesta matéria.
Apesar de a discussão ter ido mais longe, aquilo que competia à Assembleia Municipal de Lisboa votar era a possibilidade de os encargos relativos às duas propostas serem repartidos por vários anos. PSD, PCP, PEV e BE votaram contra em ambos os casos, enquanto que o CDS e o MPT se opuseram apenas à repartição referente aos serviços de fiscalização. 
Quando a proposta foi discutida em reunião camarária, em meados de Abril, o vereador centrista considerou o valor de 719 mil euros para esse efeito “verdadeiramente excessivo”. João Gonçalves Pereira defendeu que a fiscalização poderia ser feita de “outras formas”, nomeadamente com recurso a uma aplicação tecnológica através da qual os munícipes pudessem denunciar situações a carecer de intervenção.
Já Carlos Moura, do PCP, defendeu na ocasião que estão em causa “incumbências” da câmara que, especialmente no que diz respeito à fiscalização, não deveriam ser atribuidas a outros.

---