(sory only portuguese)
Trabalho perto do Mercado da Ribeira em Lisboa, e de uma noite para a outra todas as entradas do mercado foram pulverizadas com tinta vermelha filtrada por um "stencil", marcado a clássica imagem da foice e martelo com a sigla PCP por baixo.
Esta acção foi claramente pensada para chegar a um determinado publico alvo (todos aqueles que frequentam o mercado) que salvo alguns turistas à procura de aventuras, maioritariamente constitui-se por uma freguesia pobre e indigente.
Os requintes da comunicação revestem-se de grande conhecimento do poder da mesma, seja a um nível cognitivo consciente ou inconsciente, com a precisão das marcas estarem à altura do olhar e com a repetição sistemática de se encontrarem em todas as entradas sem excepção obteve-se a garantia de que ninguém que entre e saia do mercado veja o símbolo cada vez que o faça.
À que reconhecer que foi uma acção comunicativa bem concretizada, de baixos recursos, totalmente eficiente em termos de target, e... talvez um pouco fora da lei.
Na pedra onde é mais difícil retirar (danificando para sempre o material) ou na tinta as marcas lá estão, impunes, com o beneplácito daqueles que diabolizam os miúdos rebeldes de comportamentos desviantes, que simplesmente quem estar na moda, ou porque realmente têm algo importante a dizer... pessoal, criativo e não destrutivo.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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1 comentário:
concordo que é criativo sim,mais não posso afirmar que não seja destrutivo,o mesmo espírito que destrói também constrói,e não será essa a idéia de um artista de rua,que se arrisca,que desobedece leis,que transgride o que a tão falada sociedade chama de arte!
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