COORDENAÇÃO: MARIA JOÃO FERNANDES
(A.I.C.A. – Associação Internacional de Críticos de Arte)
ENCONTRO/MESA REDONDA
COM OS ARTISTAS DA EXPOSIÇÃO STREET ART ALÉM PAREDES:
Costah,
Dalaiama, EL ST, +-, Mar, Maria Imaginário, Pantónio, Ram, Robert Proch,
Target, YUP- Paulo Arraiano.
A decorrer dia 22 de Maio (Terça feira), nas
instalações da Galeria António Prates,
das 17 às 20h.
Este movimento da vanguarda internacional seu posicionamento
na história de arte, sua relação com a sociedade contemporânea de que é
expressão, que revolução promove a street art movimento activista e
revolucionário no dealbar do século XXI? Antes de mais a revolução do olhar, a
mudança de óptica em relação à realidade que se torna não apenas o conteúdo
principal mas o suporte, a tela onde se inscrevem os gestos e as escritas e as
imagens de um quotidiano em constante metamorfóse. "Changer la Vie”
de Rimbaud que inspirou Maio 68 não pode associar-se a este élan jovem que
pretende revolucionar não apenas a visão tradicional da arte mas também a visão
do humano no espaço citadino e claustrofóbico nele abrindo uma nova liberdade
livre que antes de mais é a da poesia?
Algumas das questões a colocar a que devem associar-se os
testemunhos e pontos de vista dos artistas envolvidos na exposição a partir das
participações de:
MARIA JOÃO FERNANDES - A.I.C.A. ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL
DE CRÍTICOS DE ARTE, CRÍTICA DE ARTE POETA
EMÍLIA NADAL - PINTORA, PRESIDENTE DA SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS ARTES DE LISBOA
PEDRO SOARES NEVES - DESENHADOR URBANO, PRESIDENTE DA APAURB (Associação
Portuguesa de Arte Urbana)
RICARDO CAMPOS - PROFESSOR E ARTISTA
MIGUEL MOORE - JORNALISTA E CRÍTICO DA
STREET ART
Na Galeria
António Prates de Lisboa, que se tem empenhado na apresentação e
divulgação das vanguardas internacionais, em simultâneo com a exposição de
Street Art, Além
Paredes, vai decorrer a 22 de Maio de 2012, terça-feira (das
17às 20h) um encontro/mesa redonda, cujos tema, título e participantes seguem
em epígrafe e para o qual temos o prazer de o convidar, agradecendo desde já
toda a divulgação que possa dar ao assunto. A coordenação é da crítica de arte
(A.I.C.A.) Maria João Fernandes.
" Usando siglas que são verdadeiros heterónimos,
invadindo as ruas e as fachadas adormecidas e cobertas de pó das grandes
cidades, como as consciências rotineiras que Maio 68 tentou agitar sem grande
sucesso, este exército de guerreiros armados de pincéis, tintas e tubos de
spray, pretende certamente mais do que colorir as grandes superfícies antes
despojadas, por onde velozmente passam comboios. O seu grito é o "changer
la vie" de Rimbaub e Fernando Pessoa parece tê-los adivinhado. Senão
ouçamos um fragmento do "Guardador de Rebanhos":
"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo.”
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo.”
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